Não me entendam mal. Ainda não morri. E nem terminei minha longa viagem ao ponto de partida. Mas fui, sim, ao lançamento do livro de Dinah. Antes que alguém aí pense que entrou na sala da casa errada, vou avisando: Sou eu (Bel) que estou escrevendo. Levemente atrasada (quase uma semana), mas foi um atraso forçado pelas circunstâncias. Estou em Salvador, sendo enfermeira-babá de minha mãe, que passou por uma cirurgia, e – sofrimento maior – sem internet. Somente agora que Santa Dinah trouxe o tim web e me emprestou, posso, entre outras coisas, mostrar a vocês um pouquinho do que foi a noite de 21 de outubro, quando aconteceu o lançamento do livro “A longa viagem ao ponto de partida”.
I. O ambiente
Sob as árvores no pátio da Piedade, lugar que certamente trouxe muuuuuitas recordações a todos que ali estavam: como alunos ou professores e funcionários, não há dúvida, a Piedade marcou. E a brisa do final de tarde - uma tarde quente em toda a cidade… a brisa trouxe calma e paz.
II. O buffet
Deliciosamente arrumado, e deliciosamene delicioso. Deu pra entender?
III. Os amigos presentes
Eu aprendi com a experiência de vida que não devemos nos queixar pelos que não atenderam a um convite nosso, e sim, celebrar os que conosco estiveram. Pois ali estavam pessoas queridas, familiares e amigos, e quem não foi… perdeu!
IV. A Música
Fatal: Não me lembro o nome dos músicos! (Só comigo acontece isso???) Mas a qualidade é impossível esquecer! MPB lindamente tocada e cantada, poderia durar até o amanhecer…V. A Fala da dona da noite
Dinah não queria formalidades. E assim foi. Um tempo de celebrar, ainda que tariamente, o nascimento de um filho. Sim, porque livros são filhos, poemas são filhos. E quando se dá à luz é preciso gritar para que os outros percebam o quanto é intenso esse momento. E Dinah leu para nós sua poesia que fala desse rasgo interno que é parir a poesia.
Desespero
Parem essa loucura toda!
Calar a voz do poeta… Sacrilégio!
Profanação pior que arrancar-lhe a pele
e o coração.
Poema é grito de sobrevivência!
Dói-me.
Dói-me a mente…
Dói-me desesperadamente pensar,
imaginar, que “a poesia, em breve,
será lingua morta, que
pouquíssimos falam e ninguém ouve”.
Que restará de humano ao mundo
se o poeta abdicar do ofício?
Mesmo que o amor, desolado,
tenha abandonado a terra,
o fingido amor do poeta
é brado de resistência,
prova consistente, sólida, evidente
de que, um dia, houve gente!
O livro foi dedicado aos seus ex-alunos e aos seus professores. Representando as duas “categorias”, Marcelo e Dorana (e eu também, né?)…
“Minha poesia é natural e simples como a água bebida na concha da mão”
Mário Quintana
VI. As outras falas
Como não poderia deixar de acontecer, apesar de não planejado, outras vozes se fizeram ouvir, no mesmo tom de informalidade. Minha boca, que não consegue ficar fechada, tinha que dar o ar da graça, além de Baísa e Helena dos Anjos.
E foi assim o nosso Happy Hour. Valeu demais! E mais do que o momento, valeu o significado dele.