Não havia Animal Planet, ou Discovery Chanel,nem National Geografic, ou Google, etc.
Ou ainda a infinidade de publicações pretenciosas de satisfazer e alimentar a curiosidade humana em todas as direções para as quais ela se orienta.
Na sociedade do espetáculo, entretanto, há um inacreditável bombardeio de informações, de tal maneira que já não é necessário o esforço de buscar...
Tudo obedece à dominação da imagem que se impõe e tiranicamente submete (quase) todos à alienação da mídia deixando-os na suposição de que estão sendo "informados" e " esclarecidos".E poucos são capazes de pôr a cabeça fora do oceano devastador da sociedade de consumo que engolfa tudo e a tudo engole.
Não parece, mas houve tempo que não era assim...havia momentos solitários, próprios para pensar...refletir...descobrir...
Para alguns, isso pode começar cedo.
E A LUZ SE FEZ
Lá, bem atrás,
no tempo das maiores descobertas,
no tempo dos por quês...
Pouca ressonância externa,
a criança entregue à criança.
Olhos abertos...
O desejo de ver, de saber,
de compreender
...e o pudor de perguntar.
Os adultos são tão certos!
Tão sábios!
Tão distantes!
Como chegar perto?
Melhor calar...
e a si mesma responder.
Janela aberta
e o raio de sol
vem acordar a manhã
do quarto escuro.
Infinitos e pequeníssimos
grãos de poeira fazendo festa no ar.
Dançando, cada qual
em seu próprio passo,
numa harmonia sem par.
E a criança viu ali
todo o Universo a vibrar.
Estrelas, cometas, astros,
nebulosas e...planetas.
Por sobre o planeta, os homens.
A cada manhã, o susto
- o que parecia forte,
seguro, confiável, sólido,
desmedido, interminável
era apenas...uma poeira no espaço!
O raio de sol a iluminou
- diante da criança
a fragilidade cósmica
e a sua própria insignificância.
Lá, bem atrás,
no tempo das maiores descobertas,
no tempo dos por quês...
Pouca ressonância externa,
a criança entregue à criança.
Olhos abertos...
O desejo de ver, de saber,
de compreender
...e o pudor de perguntar.
Os adultos são tão certos!
Tão sábios!
Tão distantes!
Como chegar perto?
Melhor calar...
e a si mesma responder.
Janela aberta
e o raio de sol
vem acordar a manhã
do quarto escuro.
Infinitos e pequeníssimos
grãos de poeira fazendo festa no ar.
Dançando, cada qual
em seu próprio passo,
numa harmonia sem par.
E a criança viu ali
todo o Universo a vibrar.
Estrelas, cometas, astros,
nebulosas e...planetas.
Por sobre o planeta, os homens.
A cada manhã, o susto
- o que parecia forte,
seguro, confiável, sólido,
desmedido, interminável
era apenas...uma poeira no espaço!
O raio de sol a iluminou
- diante da criança
a fragilidade cósmica
e a sua própria insignificância.
...e aí nasceu, na consciência da criança, o espaço para cultivar o cuidado com o planeta, a sua casa. E ficou mais fácil, à medida em que ia se desenvolvendo, reconhecer a imprudência de alimentar vaidades, prepotência, e "dores insuportáveis".
" Tudo que eu quero é um acorde perfeito maior
Com todo mundo podendo brilhar no cântico..."
" Tudo que eu quero é um acorde perfeito maior
Com todo mundo podendo brilhar no cântico..."
(Caetano)
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