domingo, 31 de julho de 2011

VITÓRIA de SAMOTRÁCIA

Ficheiro:Daru staircase Louvre 2007 05 13.jpg

Há momentos na vida que assumem uma importância inexplicável. Assim foi aquele encontro entre a Vitória de Samotrácia e eu.

No Louvre, no grande espaço só seu, Ela, com suas asas abertas, anunciava bem mais que as boas-vindas aos visitantes.

Dela emana um protesto contra todos os limites. Ou o anúncio de que sempre se pode atingir algo além. Ou aquilo que seu próprio nome celebra: um grito de vitória.

Jamais esquecerei a emoção que senti ao vê-la soberba, magnífica, soberana, absoluta.´

Quisera vestir, por dentro, a Vitória de Samotrácia

Mulher vestida de água e vento,

Alada, livre, asas distendidas, pronta a romper limites

...e a seguir em frente, destemida.

Por fora seria eu mesma, ninguém desconfiaria.

Dentro, outro seria o meu cerne, força, impulso, valentia.

Fazer do impossível, possível, por puro arrebatamento.

Perder a cabeça, se preciso, na conquista da vitória.

Que vitória? Não importa!

Importa saber-se indômita...

Não temer o inacessível...até alcançar o inatingível.

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