Há momentos na vida que assumem uma importância inexplicável. Assim foi aquele encontro entre a Vitória de Samotrácia e eu.
No Louvre, no grande espaço só seu, Ela, com suas asas abertas, anunciava bem mais que as boas-vindas aos visitantes.
Dela emana um protesto contra todos os limites. Ou o anúncio de que sempre se pode atingir algo além. Ou aquilo que seu próprio nome celebra: um grito de vitória.
Jamais esquecerei a emoção que senti ao vê-la soberba, magnífica, soberana, absoluta.´
Quisera vestir, por dentro, a Vitória de Samotrácia
Mulher vestida de água e vento,
Alada, livre, asas distendidas, pronta a romper limites
...e a seguir em frente, destemida.
Por fora seria eu mesma, ninguém desconfiaria.
Dentro, outro seria o meu cerne, força, impulso, valentia.
Fazer do impossível, possível, por puro arrebatamento.
Perder a cabeça, se preciso, na conquista da vitória.
Que vitória? Não importa!
Importa saber-se indômita...
Não temer o inacessível...até alcançar o inatingível.
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