terça-feira, 1 de novembro de 2011

11 do 11 de 2011

Desde sempre o ser humano sentiu a necessidade de medir o Tempo. Os ritmos da natureza serviam e ainda servem como referência para criar as medidas adequadas - o nascer e o pôr do sol, a época das chuvas ou do sol ardente, o movimento lunar e estelar, a transformação recorrente das plantas - como a mudança da flor em fruto ou o período em que o fruto está pronto para ser consumido, com sua cor e perfume tentadores... Tudo isto tem servido de medida pessoal, desde as mais remotas culturas agrárias. Depois vieram os calendários, para organizar as coletividades melhor constituídas.

Observar o tempo deve ter sido, também, uma forma magnífica de acompanhar a si mesmo, de ver-se e, lentamente, ir-se compreendendo como integrante da aventura Vida.

O nascer, certamente, é o instante da eclosão, da abertura triunfal de uma sinfonia única e intransferível. Tudo que vier a acontecer será em consequência desse momento.

Os místicos sabem, e buscam saber cada vez mais, acerca dos mistérios que envolvem esse acontecimento. Os cientistas também.

Contudo não é preciso ser muito curioso para intuir que a data 11 do 11 de 2011 é especialíssima e de forte apelo cabalístico, inspirando mágicas conspirações.

Como qualquer outro dia de qualquer outro tempo, seja passado, presente ou futuro, esse dia tem suas conexões e energias, suas coordenadas específicas e únicas, criando suas próprias causas (e efeitos) , influências e consequências, conquistas e derrotas...

É inegável: estamos diante de uma data especial.

Mesmo sem fazer parte da misteriosa fatia da humanidade que sabe ler nos búzios, nos astros, nas cartas, nas vísceras ou nas runas , eu garanto que o espaço sagrado e místico está em festa.

Fadas, anjos, santos, duendes, sacis, caiporas, orixás, ninfas e tantos outros elementais, seres mitológicos de todas as culturas, certamente se confraternizam num grande sabá, aproveitando a beleza e a força da Lua cheia, no desejo divino de que as energias benfazejas recaiam sobre o nosso mundo em geral , e em nossas vidas particulares, trazendo todos os benefícios possíveis. Que essas bênçãos recubram a nós todos e, em especial, aos que celebram seu nascimento nesta data.

Em Filosofia, a crise é o grande momento da superação.É o facho de clarividência que aponta novos caminhos ou nova maneira de caminhar. É a luz que esclarece as decisões e traz a força da conquista. O simples (ou complexo) fato de estarmos neste mundo já supõe a existência do conflito.

No Mahabharata uma afirmação ( dentre todas que lá se encontram) se destaca:

"Não se pode escolher entre a paz e a guerra, mas entre uma guerra e outra."

Façamos bom uso das nossa escolhas pois uma coisa é certa: nós nos gastamos na dança do espaço - tempo. Não há como fugir.

Há algum tempo vi -me diante deste deus e consegui mergulhar um pouco no seu mistério, o que me valeu a reflexão:

Em que direção corre o tempo?
Para trás ou para frente?
O tempo não corre, tola.
Tu é que te enganas sempre,
pois o sempre te contorna,
te deixa tonta, sem leme.
Pensando que o tempo se move,
te moves, à toa, no tempo...
Passado, futuro, presente
são uma coisa, somente.
O tempo que vês agora
é pingo de eternidade.
Mudasses tu tua lente
chegarias à verdade
tão clara, tão reluzente,
tão simples, tão evidente.

Vamos viver este dia com o cuidado de quem o admite único e irreproduzível.


Nenhum comentário: