Quase toda a minha família já retornou, como avisou uma das minhas irmãs:
"Os elefantes se sentem obrigados a reencontrar as suas origens quando sentem a aproximação do Fim"...
Eis-me aqui, sofrendo as agruras de uma cidade que generosamente me acolheu em tempo de suaves circunstâncias, mas que a elefantíase do tráfego, o descontrole e o desrespeito às boas normas de convivência, o sumiço da afetividade sem restrições, o generoso estender de mãos acolhedoras sem exigir nada em troca está , cada vez mais, escasso.
Talvez a dificuldade esteja em minha maneira de ser, que não acompanhou as mudanças que o "progresso" exige. Ou , talvez o tal "progresso" não passe de um retrocesso!
O fato é que estou voltando!
Desenraizar-me novamente.
Arrancar do chão,
como se erva daninha fosse,
todo um esquema desenhado
(ao longo de um escasso tempo),
um ambiente com carinho elaborado,
cenário onde pude construir
e construir-me no que me restava
de tempo útil e proveitoso,
inda que de produto duvidoso.
Partir de novo?
Recomeçar?
Sim, teria que recomeçar...
Partir do zero
porque não quero re-construir!
Em nada quero me apoiar...
Virar mais uma esquina do viver...
Abrir novas janelas.
Uma nova brisa respirar
para que o cheiro de mar
me venha reanimar,
um novo alento
entrar por nova porta
e um colorido novo me sorrir.
Que louca!
Que tempo haveria
para um novo presente construir?
Enfim, vale a pena tentar...E lá vamos nós em nova embarcação e por antigos mares navegar...
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