quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Liberdade para as flores
Liberdade para as flores
Nos jardins bem regulares,
projetados em métrica e rima,
flores são obedientes,
nem podem olhar para o lado.
São pelotões de soldados,
talvez jovens escolares,
trotando em marcha forçada.
Meu jardim não é assim.
Tem direito à liberdade.
As cores são misturadas,
perfumes entrelaçados,
uma mixórdia encantada.
É tudo tão caipira
tão louco, tão colorido,
tão risonho e espontâneo
-às vezes emurchecido-
que é retrato fiel,
definindo com presteza,
o inesperado da vida.
Minha poesia também é assim.
Comentário
Depois de quase um mês sem contato, devido ao tsunami que estragou a placa-mãe com tudo que ela representava, parece-me ser possível (nesse instrumento, não tenho certeza de nada!!) estar de novo no ar. Esta pequena poesia vai como teste e a grande rosa também. Recuso-me a escrever sem ilustrar... afinal, se as palavras não agradarem, a flor, certamente, agradará.
Espero contatos no haloscan para me estimular a continuar com vocês...o meu tesão, devido às intercorrências, está um pouco baixo. Como eu disse, "um pouco emurchecido".
Espero também que, de agora em diante, as coisas corram mais tranquilamente!
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