segunda-feira, 23 de março de 2009

CONFISSÂO

Oi, amigos !
Tenho estado muito feliz pela afluência de vocês a este espaço aberto...estamos perto de 1.500 participações.Claro que nem todos fazem comentários no haloscam, o que é uma pena, mas, acredito que se vêm aqui é porque gostam de poesia. E isso para mim é bastante.

Citarei algumas cidades de onde se originam os leitores...não todos, porque perdi o papel onde havia anotações fundamentais. As internacionais, por esse motivo, ficarão de fora. Lamento.

Vejam que delícia saber-se "ouvida" em: Osasco, Guarulhos, Camboriú, Varzea Grande, Duque de Caxias, Sto. André, Caçador, Paraibuna, Paulo Afonso, Mamborê, Poções, Praia Grande, Dias D'Ávila,Ubá, Camaçari, Patos de Minas, Cachoeirinha, Toledo, Feira de Santana, São José dos Campos, Campinas, Curitiba, Itaquaquecetuba, Belém , Joinville, Anápolis, Ilhéus e tantas outras que se perderam por descuido. A Itália, a Áustria, a Suíssa, a Espanha, Portugal e outros, também já "passearam" por este blog.

Só tenho que agradecer a atenção de todos.
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Confissão

Desde que eu comecei a fazer poesia, lá nos idos de 2001, nunca tinha levado tanto tempo distanciada do impulso de escrever, como agora. Antes, apenas alguns dias (poucos) eu ficava a meditar e a sofrer :" Será que não vou mais conseguir escrever meus poemas?"
Entretanto, não sei exatamente o motivo, se é que ele existe, fiz uma poesia em 23 de janeiro, e somente em 08 de março pude retomar a inspiração, e escrever...mesmo assim, marcada por um grande sofrimento...

E resolvi APELAR...

Em 19 de março , quinta-feira passada, desesperei e escrevi:


APELO

Quem era ela?
E onde se encontra agora?
Ela não era eu.
Não era.
Se o fosse
não estaria eu aqui tão só.

Se ela fosse eu
e se eu fosse ela
estaríamos, ambas, cantando
...cantando como outrora.
Brincando com a palavra
...ou seriamente
usando-a qual ferrão de abelha.
Ou fazendo da palavra
o gesto de carinho
que, como flecha certeira,
atinge o alvo procurado...

Que fiz eu?
Que fiz eu pra merecer tal abandono?

Sem despedidas, evadiu-se...

Como posso sorrir?
Ela levou o meu sorriso.

Como chorar de mansinho?
Ela colheu minhas lágrimas
e as carregou consigo.

O brilho dos meus olhos se foi...
Não sei onde, há uma dor que não doi
...e há nuvens ao meu redor.
Só nuvens!
Música, já não há.

Ah, minha musa, volta!
Sem ti sou ruína
que aos poucos desmorona
e, mais um pouco, somente mais um pouco,
nada mais restará.

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Acredito que muitos devem se sentir assim, em algum momento de suas vidas...
Vejam o que escreveu Werther, no romance-ícone do Romantismo:

"Perdi a força sagrada, vivificante, com a qual criava mundos ao meu redor."

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