Lembrando Caetano
Como quisera ser poeta.  
Ter feito a fascinante descoberta:   
Vivemos imersos no azul do céu 
  
"que vem até onde os pés tocam a terra".   
Respira a Terra   
o azul que a envolve   
E, ao espaço,   
o azul que inspirou devolve.
Mas, horror,  
vê-se ferida a glória   
de que é feita a vida. 
Vê-se ferida, maltratada,  
por mão submissa à liberdade   
(liberdade conseguida, mas pouco merecida).   
Vê-se maculada  
a infinita beleza.   
Como ensinar ao ser humano a delicadeza?  
Como fazê-lo compreender   
o gozo que o contorna?   
As cores do arco-íris tocam o chão,  
ali apontam o único,o admirável,   
o imensurável tesouro   
que a luz do Sol revela.
Somente os pés,   
as mãos e a vontade   
podem criar nova mentalidade.   
Abrir novo caminho à nova realidade,   
permitindo que o verdadeiro céu nos mude   
e nos devolva a felicidade.
  
Aos amigos que cantam “verde que te quero verde”…
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